Livraria Cultura

26.3.13

Sorteio do livro Stadia

A última dica de leitura foi sobre os livros de estádios que contém informações legais.
Um dos livros, o 'Stadia - Populous' ainda será lançado, mas hoje encontrei um sorteio de um exemplar autografado. 


O sorteio é pelo Arch Daily e é em inglês, mas vale tentar. Basta se cadastrar no portal - que tem boas matérias sobre arquitetura - e responder à  pergunta: 

Which is your favorite stadium and what makes it so special? 
Qual é o seu estádio preferido e o que faz dele tão especial?


Fica a dica para quem quiser tentar. Se tiver dificuldades em inglês, bole uma resposta em português e peça para alguém te ajudar na tradução. 

Aqui no blog mesmo você pode encontrar vários estádios legais, inclusive do Populous. Deixo uma lista de alguns bem interessantes (segundo minha opinião), do Populous e de outros arquitetos:

Allianz Arena (que menciono em muitos posts - basta colocar na barra de pesquisa) - um dos preferidos

24.3.13

Dica de leitura: Stadia

Frequentemente estudantes entram em contato comigo para saber de dicas de literatura que possam ajudar no desenvolvimento de seus trabalhos finais de graduação. 

Poucos são os livros que realmente falam o suficiente sobre estádios para que possamos entendê-los melhor. E venho hoje com três livros que mostram bastante - tem material gráfico e texto legais. 

Stadia GMP - livro onde constam os vários projetos esportivos do grupo GMP. Vale a pena conferir.


e uma continuidade:

From Cape town to Brasilia - os novos estádios da GMP.


Stadia Populous - será lançado em 10 de Abril e promete trazer grandes informações sobre os estádios do escritório Populous, que já deu bastante pauta para este blog. Quando o link no Brasil estiver disponível, coloco aqui. Enquanto isso, tem o link do Amazon, onde ele custará $58,90 dólares (segundo a data de hoje).


De qualquer forma, recomendo visitas a vários estádios. Vale muito mais pois você tem acesso à áreas que nem imaginamos ou nem lembramos que existem.

Copa 2014: fazendo pouco e a qualquer custo

Todos que me acompanham desde o começo do blog e desde quando o Brasil foi escolhido como sede da Copa 2014, veem que tenho um ponto de vista positivo em sediar o evento - se soubermos aproveitar. No entanto, o Brasil tem feito muito pouco. Tudo é resumido aos estádios e pouco foi feito nos outros setores que uma copa do mundo incentiva a evoluir como, por exemplo, maior instrução de prestadores de serviço, transporte público mais eficiente e inovador, novos planos urbanos que aproveitam para resolver problemas de moradia e para desfazer barreiras, investimentos em segurança e conscientização, incentivar estudos para evoluir na questão de tecnologia, sustentabilidade e, claro, sem benefícios à saúde, sendo que muito mais poderia ser feito ou incentivado (através de iniciativa privada), em relação a novos hospitais. 

Muito pouco! 

Tivemos o que nessa preparação? Cursos do Pronatec para ajudar uma pequena parcela do público e cursos de idiomas, que, sinceramente, começou tarde demais em alguns estados para ter algum resultado até  julho deste ano ou 2014. 

Até aí, estamos 'só' perdendo oportunidades, deixando de usar o evento para trazer investimentos e desenvolver projetos engavetados, para sim, ficar na construção dos estádios. Estamos realizando o evento da pior maneira possível. Mas o pior é a política de fazer a qualquer custo.

Começou com a avenida em Itaquera (SP) que passa por uma comunidade e tirava a moradia de muitas pessoas, agora passamos pela questão do Museu do índio, com uma demolição para fazer estacionamento. Em Porto Alegre, até um comitê de defesa foi criado e que tenta conversar com o governo para evitar desapropriações. Além da atrocidade com os índios, mostrando que em todos esses anos nada foi aprendido, nada foi e será respeitado, ainda vemos que o motivo da desocupação é para valorizar novamente o carro, indo contra toda política mundial e negando todos os fatos que comprovam que, de fato, o rodoviarismo não é o caminho. 

Imagem: lancenet

Recomendo a leitura do texto sobre essa violência social escrito pela professora Fernanda Sánchez, da Universidade Federal Fluminense (UFF), publicado no site da Raquel Rolnik.

Em janeiro o Ministério Público Federal, com apoio do Crea e do IPHAN, tentou barrar a demolição. Leia mais.

Vale a pena? Nem se valesse. Precisamos aproveitar o evento, mas jamais passar por cima dos nossos deveres, da nossa honra, e respeitar todas as classes sociais, indiferente de cor, raça, credo ou status social. Mas, no Brasil, quem manda não é a ética.

18.3.13

Estádio solar de Toyo Ito é concluído

O estádio solar de Taiwan está finalizado. A construção do estádio que gera muita energia através de placas solares é obra do Arq. japonês, Toyo Ito, vencedor do prêmio Pritzker deste ano.

O estádio será palco da abertura dos Jogos Mundiais deste ano.
Veja mais fotos e vídeo clicando neste link.

O estádio solar tem seu nome pois terá sua energia gerada pelas 8.844 placas de painel solar em sua cobertura.

Para ver mais sobre o estádio, já postei material sobre ele aqui no blog no seguinte artigo:

Estádio Solar

OBS: Toyo Ito acaba de ganhar o Prêmio Pritzker, o 'oscar' da Arquitetura. Leia Mais...

10.3.13

Sports City, Arábia Saudita, por Arup

Depois da proposta do escritório londrino Populous, venho com o projeto da Arup, escolhido para a construção.

Assim com boa parte da região da Arábia Saudita, do deserto estão construindo cidades inteiras e o King Abdullah Sports City é mais uma. A foto abaixo é o local há um ano (Março de 2012).


Acima, em Março de 2012 e, abaixo, em Março de 2013.



Agora vamos à proposta:


Com um estádio de 60.000 para uso internacional, padrão FIFA, o estádio tem uma capacidade adequada às tendências atuais para sustentabilidade financeira - mesmo lá tem que ser viável.

A cidadela tem um sistema radiocêntrico, tradicional e interessante do ponto de vista da integração e circulação. Sistemas assim são tradicionais de Viena (Áustria), Paris (França) e até mesmo do plano de avenidas de Prestes Maia para a cidade de São Paulo. Interessante se for considerado isoladamente. Perfeito se for integrado vários tipos de transporte, como a ferrovia, por exemplo, e a hidrovia.


O programa

Além do estádio de 60.000 que conta com espaços generosos para a 'família real', o complexo conta com uma mesquita (veja mais ao fim do post), uma arena indoor para 10.000 torcedores, um estádio para atletismo, e outros equipamentos como campos de futebol e quadras de tênis. 

Acima podemos ver a vista geral do estádio, onde a direita vemos os equipamentos esportivos, ao centro o estádio, entre eles a mesquita e ao redor do estádio, na maior parte à esquerda, o estacionamento.

O estádio

Assim como no post anterior, devido ao clima, o estádio conta com um elemento que controla a incidência de luz, permitindo ventilação natural, sombreamento e iluminação natural. Neste caso foi usado o muxarabi  (mashrabiya), elemento vazado típico da arquitetura árabe. Esse elemento envolve o estádio, em um padrão de diamante, como se fosse lapidado. O significado de sua forma faz referência a uma jóia no deserto.



 Acima podemos ver bem como funciona o sombreamento interno, capaz de aliviar as altas temperaturas da região

Mais imagens oficiais do estádio abaixo







A mesquita



Um dos principais requisitos do projeto era ter um a mesquita e ele tem um projeto bem detalhado já, também pela Arup. Podemos ver que tem um paisagismo legal, um cuidado com a paisagem turística, vegetações, e desenhos de piso, típicos dos projetos megalomaníacos da região, mas que, sem dúvida, enobrecem e definem circulações, espaços de lazer, livres, acessos, percursos interessantes, etc. 




Clique nas imagens para ver em tamanho maior

A proposta inicial era para um complexo muito maior, com mais equipamento e em outro local, próximo ao aeroporto, trocou de lugar, e depois foi reduzido e modificado para esta proposta radial. Veja abaixo as áreas e, em seguida, imagens do projeto anterior.


Acima a esquerda as duas primeiras opções de terreno (conforme verão nas imagens abaixo) e, a direita, o novo terreno reduzido para o sistema radial.



O estádio, estéticamente, achava mais bonito que o atual, vejam nas fotos os trabalhos rendados da cobertura, que tinha função similar de sombreamento. A sensação que eu tinha era de uma identidade maior que a da atual, que em certos momentos me faz lembrar o estádio olímpico de Londres.






Estava prevista também uma marina, o que seria bastante interessante do ponto de vista de integrar a água na paisagem, tendência urbanística apresentada em uma série de estudos.


Muitas imagens, mas poucas análises dessa vez porque está muita correria, mas é legal ao menos para trazer aqui algumas coisas que andam acontecendo, não? 

Fiquem a vontade para fazer comentários, criticas, etc. 

Fontes:

Arup Associates - estádio
Arup Associates - mesquita

Sports City Stadium, Arábia Saudita, por Populous

O nome completo é King Abdullah Sports City e, já ao ver a localização, já podemos imaginar que nada vai ser comum, clichè.


E claro que não é somente um estádio. Como o próprio nome diz, é uma cidade, um complexo, com o intuito de promover o esporte e melhorar as condições de saúde da população.

O programa inclui:
- estádio de 100.000 lugares (bem acima do que se tem projetado por questões de sustentabilidade financeira);
- arena coberta;
- centro aquático;
- complexo poliesportivo;
- Campo de golf; 

*A proposta abaixo é fruto de entrada em concurso em 2009 - outras propostas serão colocadas em seguida no blog, inclusive a escolhida.

Esse programa é somente do complexo esportivo, mas o plano deve contar com apoio de escolas, hospitais, mesquitas, habitação, etc. Conformando uma cidadela esportiva.

Segundo a Populous, responsável pelo planejamento, o ponto forte do projeto é a paisagem, capaz de dar identidade, unicidade, conexão e integração as facilidades promovidas e o lugar como um todo.


Este tipo de projeto é com a qual precisa-se muita atenção na questão de segurança num momento de dispersão do público. Tudo tem que ser bem sinalizado e o público bem direcionado, mas a estrutura dessa cobertura prolongada, tem que ser bem bolada, esbelta, e poderia até funcionar como as estruturas que se ramificam no topo, como árvores.

ION orchard - shopping em Cingapura com estruturas ramificadas.

As imediações dos estádios tem um abrigo de pétalas, que é uma forma de suavizar a intensidade do sol, dando conforto aos espectadores, ainda mantendo a ventilação e iluminação natural. Algo parecido com isso tem no Grande Stade Casablanca, no marrocos, com sistema e clima parecidos. Leia mais

A idéia das pétalas tem intuito de criar um design fluido e dinâmico, além de ser uma referência às estruturas nômades da região.


Como podemos ver na imagem acima e abaixo, a cobertura em pétalas, sobe um pouco acima da cobertura propriamente dita das arquibancadas. Esse prolongamento é na orientação do sol, sombreando as faces estratégicas e podendo controlar o grau de sombreamento dentro e fora. 




Acima podemos ver o modelo de parte da arquibancada, onde o acesso se dá em nível, no alto do anel mais baixo de arquibancadas, o que facilita o acesso por deficientes físicos e pessoas com problemas de mobilidade. Mais dois anéis dão conta de abrigar as 100.000 pessoas. 

Vendo as pétalas e pensando nas condições climáticas da Arábia Saudita, lembrei-me da floresta solar, uma proposta, que, se unida, seria bastante interessante para o complexo. Leia mais sobre a Floresta Solar.

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