Livraria Cultura

30.10.09

Dica de Curta-metragem: Comprometendo a atuação

Esse post foge do tema arquitetura, mas não do tema futebol. Vi há algum tempo e como me interesso muito por cinema e por curta-metragens em especial, deixo esse aqui como dica de entretenimento.

Wallace é um jogador de futebol com um dilema. Aos dezoito anos, tem a chance de ser convocado para um time de primeira divisão. Mas isso vai depender de muito preparo, muita concentração e nada de sexo antes do jogo.

Comprometendo a Atuação from Bruno Bini on Vimeo.



Diretor: Bruno Bini
Elenco: Jonathan Haggensen, Michelle Valle, Eduardo Espíndola e Elias Bueno
Ano: 2007
Duração: 17 min
Bitola: 35mm
Produção: Luciana Prieto
Fotografia: André Lavenere e Joel Sagardia
Roteiro: Bruno Bini
Som Direto: Gabriela Cunha
Direção de Arte: José Augusto
Edição de som: Hilen Campos
Produção Executiva: José Paulo Traven
Montagem: Bruno Bini

*Esse fim de semana tem um post legal sobre bons projetos que vieram com as olimpíadas. Acompanhe!

28.10.09

Plano Urbano do Rio e das Olimpíadas 2016 e a referência de Barcelona

Conforme notícia elaborada pela BBC, o Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse que "o planejamento do Rio é o planejamento dos jogos olímpicos, e o planejamento dos jogos olímpicos é o planejamento da cidade."

Como referência para sucesso desse planejamento, o Rio de Janeiro se espelha em Barcelona - felizmente! Barcelona é o melhor exemplo de sucesso urbano ao sediar um megaevento esportivo. No caso, a referência é ainda mais potencializada pelas características semelhantes do Rio com Barcelona.

Além de ter a possibilidade de potencializar o Rio de Janeiro, grandes cidades como São Paulo, Curitiba, Salvador, Belo Horizonte, entre outras, podem ter benefícios em relação ao turismo, ao despertarmos mais interesse. Além disso, o porto de Santos e todo o litoral pode lucrar muito com o evento.
O site vitruvius, referência em textos sobre arquitetura e urbanismo, salienta em um breve texto, uma questão que levantei algumas vezes: os concursos e a abertura democrática aos projetos para esses investimentos urbanos. Leia o texto - são somente 9 linhas. Falta espaço para que os projetos sejam trabalhados, apresentados, e aí, escolhidos os mais interessantes para a cidade, para os jogos e para o país - da forma mais transparente possível.

Voltando a Barcelona, o evento olímpico trouxe grandes investimentos ao esporte e principalmente à cidade, tornando-se referências em diversos pontos. Deu tão certo que a Espanha tentava com toda a força ser sede das olimpíadas de 2016 com a candidatura de Madrid, para ganhar investimentos agora nessa região do país - futuramente apresentarão uma proposta ibérica = soma de Espanha e Portugal, conceito esse que pode aparecer mais nas próximas candidaturas. É em Barcelona que estão Las Ramblas, espécie de calçadão, com vida 24horas por dia, garantindo segurança à região. As Ramblas, priorizam os pedestres, mas permitem a passagem dos carros. Trabalhando o piso e o nível do mesmo, o motorista se sente invadindo o espaço do pedestre, respeitando-o. Além desse respeito, o incentivo ao pedestre, somado aos ciclistas, que de certa forma também ganharam espaço, aumenta o contato com a cultura, com os problemas e potencialidades da cidade, despertando uma nova visão dos cidadãos. A Vila olímpica serviu de moradia e revitalização de um bairro que sofria com vários problemas e todo o seu porto, que antes era degradado e mal visto, recebeu grandes investimentos. São inúmeros investimentos e acho digno de um post exclusivo.

Acho o posicionamento do Rio de Janeiro, ao aceitar referências, exemplar. Se temos exemplos de sucesso, devemos estudá-los e adequá-los às nossas realidades e necessidades.

Já em relação à prática dos esportes no país, o portal Máquina do Esporte, publicou uma reportagem onde mostra a preocupação com o incentivo aos praticantes e o posicionamento que devemos tomar: buscar a visibilidade da Copa e Olimpíadas no Brasil para conseguirmos rechear nossa agenda de mais eventos esportivos. Vejo essa idéia como fundamental! O simples saber desses eventos, já começa a instigar nossos cidadãos e, consequentemente, aumentar o números de atividades e atletas por todo o país.

26.10.09

Carro elétrico brasileiro

Em Setembro, no Blog Arquibancada, publiquei um texto sobre os carros elétricos, no Brasil, e sobre estacionamentos solares (que imitam florestas). Essa semana, encontrei, sem querer, uma matéria mais antiga , publicada pelo jornal Metro (gratuito e entregue nas ruas de São Paulo). A matéria datada de 8 de Julho de 2009 menciona qual seria o preço do carro se fosse vendido no varejo atualmente (R$145.000) e a situação em que ele se encontra: constantemente em evolução e sendo disponibilizado, inicialmente, somente às parceiras da Fiat. Em Julho, totalizavam 21 carros circulando e a Fiat previa 50 até Julho de 2010.

Lembro que o alto custo e a restrição é devido ao momento de desenvolvimento/lançamento do automóvel. Lembro, também, que qualquer nova tecnologia só consegue ser barateada conforme as compras aumentam. É nessa hora que entram as grandes empresas, que podem fazer uso da imagem que as novidades tecnológicas trazem e fomentar essa redução dos custos de produção.

Clique para ver a matéria do jornal Metro.


*Acompanhem os posts do Blog Arquibancada, pois é bastante complementar aos que aqui publico e direcionados à Copa 2014.

24.10.09

Incheon Stadium



Como comentei no post anterior... este aqui é dedicado ao Incheon Stadium, na Coréia do Sul, estádio este que sediará a 17ª edição dos Jogos asiáticos, em 2014.

Desenhado pelo escritório Populous (antigo HOK) junto ao Heerim Architects and Planners , este projeto proporciona à cidade uma imensa área verde que funcionará como parque público.

O estádio é adaptável: abrigará 70.000 torcedores para os jogos de 2014, mas, posteriormente, reduzirá sua capacidade para 30.000, tornando-o sustentável no dia a dia.

Novamente, menciono a importância da referência da cultura local com a arquitetura e com o urbanismo. Além de ser algo que agrega valor, pode ajudar na funcionalidade. Neste caso, a cultura adotada é representada pelo ritual budista, as danças Seung Moo. Segundo o arquiteto Daekwon Park, " Na arquitetura, assim como na dança, movimentos dinâmicos criam a forma, mas também podem ser reconhecido os espaços vazios gerados no entorno de sua forma." O arquiteto refere-se ao Yin e Yang, formas complementares, que é representado na implantação do estádio. Ainda segundo o arquiteto, "o espaço restante, em volta dessa forma do yin e yang, torna-se o acesso principal à construção".


Acesso principal e a semelhança ao Yin e Yang.

Nas imagens acima podemos ver o trabalho de fluxos realizado. Dessa forma, o estádio fica integrado à malha urbana e ao parque proposto, sem se tornar uma barreira. Além disso, nota-se claramente a idéia de que o estádio é para ser usado pela comunidade, deixando livre o acesso do parque às arquibancadas. Dessa forma, indiferentemente ao relevo, diminui-se a necessidade de escadas ou rampas de acesso, podendo ser utilizado o "eixo" como uma longa e suave rampa, se necessário. O trabalho de paisagismo, que os projetos brasileiros (não só de estádios) geralmente nem pensam em trabalhar (por opção de clientes que não vêem a importância), aparece neste projeto como fator fundamental à demarcação de trajetos e à qualidade da infra-estrutura urbana.

Dos percursos podemos salientar o principal, que dividiria ao meio o Yin e Yang, e os percursos menores, que ligam pontos estratégicos do entorno e entre os equipamentos desse abundante parque. Dessa forma, demarca-se o paisagismo, que pode ser trabalhado com vegetações diferentes, e tornando-o racional e não aleatório. Passarelas, em ambos os lados colaboram com a fluidez do projeto visando o pedestre e bicicletas. De qualquer forma, o automóvel não é esquecido - podemos ver os bolsões de estacionamentos.

Segundo o escritório Populous, o sucesso de tal projeto está ligado à concretização da idéia de deixar esse estádio com acesso facilitado aos moradores, assegurando o real significado do termo sustentável e deixando um verdadeiro legado à cidade.



A cobertura, como podemos ver acima, flui do design, saindo do chão, assim como no Estádio solar do arquiteto Toyo Ito. Mais um ponto que suaviza o impacto visual do equipamento.

O trabalho foi escolhido através de um concurso, prática pouco realizada no Brasil, infelizmente. A proposta era desenvolver o projeto de um estádio de 400 milhões de dólares para ser a sede principal do evento.

Fontes:

Asian Games 2010

16.10.09

Importância do Entorno dos Estádios

Estava lendo um texto que saiu há alguns dias no Portal da Copa e que deixei para ler somente hoje. Não imaginava, mas trata-se de exatamente o que penso sobre nossos vazios urbanos. Áreas pontenciais, servidas de muita infra-estrutura, e que, por falta de conhecimento de pessoas que nada tem a ver com urbanismo, metendo o dedo, acabam condenadas a se tornar em espaços ociosos, que se degradam em áreas valiosas de nossas cidades tornando-se muitas vezes regiões perigosas.

O entorno dos estádios é uma dessas áreas, assim como as orlas de ferrovias, terrenos contaminados, proximidades de grandes avenidas e viadutos, etc. Mas nesse post, trato dos estádios, que é meu foco.

Se olharmos as propostas para a Copa. Desde a melhor, até a mais tosca, nenhuma delas tem um tratamento magnífico nesse sentido. Algumas sequer apresentam qualquer coisa, como se o estádio fosse o tal OVNI citado no texto do Portal da Copa.

Sugiro que antes de continuar esse texto, dêem uma olhada no texto que mencionei do Portal da Copa. Clique Aqui. Salvo o título e alguns trechos exagerados e um tanto generalizados, acho que o texto resume bem meus sentimentos quantos às cidades e aos preparativos para a Copa e Olimpíadas.

"Não faz mais sentido o desperdício de áreas significativas pela falta de saber o que fazer com elas. Não se quer mais espaços públicos que não se mostrem sustentáveis e participantes do equilíbrio ambiental local. Não se admite mais o entorno das grandes edificações – como estádios de futebol – como um enorme “nada”, que não contribua para a transição harmônica entre a imponência e a atratividade da obra e a escala do bairro em que se situa."
Eduardo Barra, arquiteto-paisagista no texto do Portal da Copa.

Coloco uma miniatura de nossas propostas para a Copa e, depois, propostas de estádios que considero respeitáveis nesse mesmo sentido do tratamento urbano-paisagístico seguidos de uma breve análise do porquê dessa consideração minha.


Acima: Esquerda - Vivaldão (AM) e direita - Morumbi (SP)

Acima: Esq. - Mineirão (MG) e direita - Maracanã (RJ)
Abaixo: Esq. - Mané Garrincha (Brasília) e direita - Fonte Nova (BA)

Abaixo: Esq. - Verdão (MT) e direita - Castelão (CE)
Abaixo Esq - Beira-Rio (RS) e direita - Arena da Baixada (PR)
Abaixo - "Arena" das Dunas (RS)


Agora os cujos entornos considero significantes, respeitáveis e que poderiam ser referência SIM, para o Brasil:



Acima o Allianz Arena. Não é extremamente trabalhado. Na verdade tem um bom funcionamento de fluxos, um bom trabalho estético. Mas ainda é um porte menor do que os próximos. Fonte: http://www.blogger.com/feeds/19926969/posts/default?start-index=26&max-results=25

Abaixo, o plano urbano para as Olimpíadas em Beijing. Da pra ver nitidamente o trabalho de pisos, estudo de fluxos, desenho urbano, crianção de um espaço usável e agradável, que não é uma barreira, muito menos um deserto e, mesmo assim, garante a livre circulação dos torcedores (segurança) e ainda direciona.



Abaixo, o estádio para os jogos asiáticos de 2014 - Incheon Stadium, na Coréia do Sul. A abrangência é grande. Nitidamente vemos uma preocupação paisagística, de percurso do pedestre, mas também vemos boas vias. O desenho ajuda a visualizar os eixos de percursos. Facilita-se o que deve ser ligado a qual lugar para proporcionar o melhor e agradável percurso.
Mais detalhes, num próximo post.



É uma breve análise, mas somando ao texto do paisagista, acho que mostra a importância desse trabalho externo.

*Dos estádios para a Copa, o que mais apresenta uma preocupação com o entorno é o Beira-Rio, pensando em um uso comunitário e com uma razoável programação. Em seguida viria o Vivaldão, que podemos ver pela imagem como uma proposta que se preocupou um pouco mais com o design. O que mais se salvaria desse trabalho imenso, arrisco dizer que é Brasília, pelo desenho da cidade - livre. Mas nada impede um trabalho mais limpo. Para ver mais sobre cada cidade-sede, dêem uma olhada nos posts específicos analisando os projetos individualmente nos meses anteriores.

15.10.09

Tema da 8º Bienal de Arquitetura abordará Copa e Olimpíadas

Sob o tema Ecos Urbanos, acontece do dia 31 de Outubro até 6 de Dezembro, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, a 8ª Bienal de Arquitetura. O tema, segundo Bruno Padovano, arquiteto que renunciou ao cargo de curador do evento, está "centrado na idéia de que megaeventos podem repercutir positivamente na vida das cidades-sede, desde que através de processos democráticos – cada letra de ECOS dava origem aos subtemas da Bienal: “E” de Espacialidade, “C” de Conectividade, “O” de Originalidade e “S” de Sustentabilidade. Uma temática muito atual, agora que a Copa e as Olimpíadas foram consignadas ao Brasil!".

Apesar do arquiteto não ser mais o responsável pela cudoria, tanto workshops, inscrições de expositores, etc., caminhavam bem. "As exposições sobre as cidades-sede da Copa 2014 e o Rio Olímpico estavam bem encaminhadas também, o que daria vida ao pavilhão com idéias arquitetônicas e urbanísticas de grande apelo não somente para a nossa classe, mas para um público mais amplo", complementou Bruno Padovano em entrevista ao ARQ!Bacana.

Vale a pena conferir até quem não é muito envolvido com arquitetura, pois, com esses eventos em 2014 e 2016, é importante saber o que pode ser feito e até mesmo entrar em contato com os responsáveis para contribuições. Em geral, a maioria se mostra bastante receptivo às sugestões (nem sempre às críticas... mesmo que construtivas).

Happy Hour adiado para 4 de Novembro

O Happy Hour do Portal da Copa, marcado para amanhã, foi adiado, conforme publicado hoje.
Veja mais.

O motivo seria o jogo amrcado no estádio do Pacaembu. Por isso, foi remarcado, pelo Portal da Copa, para o dia 4 de Novembro.

12.10.09

Happy Hour Portal da Copa 2014 (16-10)

Dia 16 de Outubro, o portal da copa 2014 convida para um happy hour com as pessoas que fazem o dia-a-dia do portal em questão.

A partir das 19:00, no bar O Torcedor, no estádio do Pacaembu, se reunirão informalmente leitores e colaboradores do Portal onde sugestões e críticas poderão ser feitas.

Eu, como colaboradora através do Blog Arquibancada, tentarei abandonar minha cidade por um dia e comparecer.

O Happy hour contará com apresentação do grupo Folha Seca, futebol e música, com um repertório de músicas ligadas ao futebol e, nos intervalos, com o DJ Guilherme.

Para ver o convite, clique aqui.

10.10.09

Golf e Rugby em 2016

Voltam para as modalidades olímpicas o Rugby e o Golf, a partir de 2016.

Apesar do Brasil não ter lá muito prestígio, reconhecimento ou destaque nesses esportes, podemos considerar um sucesso. Podemos trabalhá-los a partir de agora, investindo em equipamentos e nos poucos atletas que se viram em quaisquer campos pelas cidades ao desenvolvimento profissional.

Golf: trata-se de um esporte totalmente elitista, que pode ser relativamente popularizado no país conforme maior visibilidade e apoio da mídia para maior afinidade do povo brasileiro com o esporte. O outro, o rugby, poderia ser muito popular assim como o volley, basquete, futebol, natação ou atletismo.

Na África do Sul o futebol perde audiência para o rugby, esporte cujo público acompanha frequentemente. Poderíamos, talvez, aproveitar que a Copa que nos antecede acontece lá, e desenvolvermos matérias a respeito deste esporte e despertar mais interesse na população e ganharmos mais força em apoio a este esporte.

Temos alguns anos para investirmos no desenvolvimento, fomento e quem sabe mostrar algum resultado nesse evento grandioso do esporte.

Enfim, notícia dada, assim como as opiniões.

1.10.09

Porque ninguém convencerá a FIFA (continuação)

Conforme já disse aqui, tenho um outro blog, que pode ser acessado pelo Portal Copa 2014, e que se chama Arquibancada. O último post, sobre a limitação espacial do Morumbi, contava com fotos comparativas de outros estádios das Copas da Alemanha e da futura Copa na África do Sul - local de onde saem os maiores aprendizados da FIFA, dando-a respaldo para fazer as tais exigências que devemos seguir e que, posteriormente, complementaremos no caderno para as Copas posteriores a 2014.

Por algum problema no blog, algumas fotos não estavam sendo visualizadas, portanto, optei por colocá-las aqui. Imaginei que era uma limitação de imagens por post, mas mesmo num post novo, como o mesmo formato de imagem, elas não podiam ser visualizadas. Continuo então o post...

Disponho novamente, juntas, as concorrentes à abertura do evento:


Mineirão, Belo Horizonte

Mané Garrincha, Brasília

Morumbi, São Paulo

A foto que estava com problema era a do Mineirão, mas agora, dispostas lado a lado, podemos comparar melhor como os dois primeiros estádios tem espaço considerável para uma circulação livre, abrigo de equipamentos televisivos e das mídias do mundo todo, e, até mesmo, uma futura expansão, se necessário. Sabemos que as exigências mudam, devidos às mudanças da sociedade, o que é extremamente normal. Portanto, quando há uma construção grande, deve-se manter uma área livre, controlando a urbanização que, em São Paulo, aconteceu desordenadamente. Essa urbanização desenfreada ocorre nas grandes capitais do mundo. Considerando toda a história inglesa, por exemplo, vemos que o mesmo ocorre. Os estádios ingleses, apesar de serem muito bons, internamente, com muitas tecnologias, ainda sofreriam deste mesmo mal caso quisessem sediar uma Copa. Questão de segurança. Mesmo assim, apresentam estádios um pouco mais livres de construções coladas que o Morumbi.

Além disso, retomo, a Inglaterra tem um sistema e malha metroviária invejável, com uma localização muito melhor situada que o Morumbi. Mesmo com uma estação de metrô, a acessibilidade é limitada, querendo ou não. Ainda mais com uma linha de metrô cumulativa - não ramificada.

Outros estádios que havia separado são:

Amsterdam Arena, Holanda, e Volcano Stadium (Chivas), em Guadalajara, México, respectivamente.


Estádio de Sapporo, Japão - considerando que o país tem uma limitação espacial absurda, onde tudo ocupa o mínimo possível, vejamos onde o estádio é colocado: onde está mais livre possível!


Giuseppe Meazza (San Siro), Milão, Itália - metrópole também...


Beijing, sede das últimas Olimpíadas - já serve de exemplo para o problema de Olimpíadas no Rio (assunto postado no arquibancada)


Estádio de Braga, Portugal - referência em foco no torcedor.

Não vou deixar de colocar aqui os que tem construções mais próximas não porque o intuito não é me colocar como dona da razão ou forjar uma teoria. Mas ainda faço as observações abaixo das fotos:

Acima a esquerda estádio do Manchester City e a direita, do Manchester United (Old Trafford), em Manchester, na Inglaterra. Mesmo sendo na Inglaterra, estão mais livres que o Wembley, em Londres.


Estádio Olímpico, Roma, Itália. Um pouco limitado pela urbanização e pelo relevo. Não é a toa que um dos times já está viabilizando um novo estádio. Relembrando, os estádios italianos e espanhóis já estão superados e passarão por modernização e contarão com construção de novos estádios.


Camp Nou, é um dos mais importantes estádios, mas também tem construções relativamente próximas, mesmo assim, está bem mais "folgado" que o Morumbi, e, caso sediasse uma Copa do Mundo, também teria que se virar com os espaços ao redor... aí ainda tem uma possibilidade de desapropriação e adequação do entorno. Lembrando, Barcelona também teve grande desenvolvimento após as Olimpíadas, e por isso, tem um dos trajetos de circulação de pedestres mais adequados, chamadas de Las Ramblas.


Acima, o mais complicado de todos, Santiago Bernabeu, em Madrid, Espanha. Este tem o caso muito próximo ao do Morumbi, construções extremamente próximo e com chances de expansão e desapropriação, mínimas. Sem dúvida, a FIFA jamais autorizaria ali uma abertura ou encerramento da Copa.

Completando o post com mais dois exemplos, coloco o estádio olímpico das Olimpíadas de Barcelona, com um espaço totalmente adequado - mais um exemplo sobre o caso Rio 2016 e, logo abaixo, o caso do Maracanã, como encerramento.





Apesar de o Maracanã sofrer um pouco com a localização, hoje, conta com um metrô, e, até a Copa, contará com um sistema integrado de transporte. Além disso, em volta, tem um espaço livre relativamente suficiente. Nota-se isso pelas construções vizinhas bem mais distantes e pelos vazios que não foram ocupados em massa pela urbanização caótica, como no caso da capital paulista. O encerramento da Copa 2014 provavelmente será no Maracanã por ser o único concorrente, por toda história do estádio e pelo porte do mesmo. Além disso, seria extremamente difícil bater a visibilidade que o Rio de Janeiro tem.

Atendendo a pedido, adiciono a imagem do estádio da Luz, em Lisboa, Portugal:



Só para ressaltar o que eu penso sobre as desapropriações: qualquuer desapropriação é complicada - leva-se em conta valor histórico, número de propriedades, local para a "transferência" desse uso. As vezes não vale a pena. Agora olhando o estádio acima, podemos ver que, por mais que estejam próximas, ainda vejo grande diferença com o morumbi, há um espaço livre para ampliação, e são poucas as edificações vizinhas. As vias são transtornos, sim. Mas cada caso tem sua especificidade, há como mudar as vias se extremamente necessário, mas, de preferência, achar outra solução. Quando é estádio do governo, as coisas ficam mais simples, sendo particular, é contra o ideal.

Ainda sobre a importância do espaço livre ao redor do estádio, não é só cumprir uma área necessária. Portanto, é necessário espaço em toda a sua volta, pois as saídas estão em toda a volta.. precisa de espaço para que pessoas saiam com segurança em casos de emergência, para que corredores de pânico não sejam criados entre as saídas dão praticamente de frente para residências, ou quaisquer barreiras físicas. Precisa de um sistema em raios, para evacuação, e até mesmo para a organização da entrada.
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