Livraria Cultura

29.6.12

Gol da Arquitetura indicado ao prêmio Top Blog 2012

Fiquei muito feliz hoje com mais um reconhecimento. Novamente, pelo segundo ano consecutivo o Gol da Arquitetura foi indicado ao prêmio Top Blog 2012 - maior premiação de blog com várias categorias diferentes. Nenhuma dela o gol da arquitetura se encaixa muito bem, mas entre casa e decoração e esportes, o blog está mais para esportes. 

A partir de 14/07 começa a votação, conto com o voto de cada um de vocês que acredita que o blog tem seu mérito e que acredita no potencial dele. 

Abraços e obrigada a todos os leitores e a quem vier votar por esta conquista.

28.6.12

Acessibilidade para a Copa: Fonte Nova

Mais um post da série de acessibilidade, discutida no evento Copa for All, mostra agora algumas novidades sobre o assunto no estádio Fonte Nova, em Salvador.

De cara, na apresentação, Mark Duwe, autor do projeto, mencionou que a arena Fonte Nova terá dez andares após as mudanças. O assentamento do estádio é um tanto semelhante ao Pacaembu, assenta-se sobre um vale, ou seja, parte das arquibancadas são apoiados na própria terra. Isso acaba por facilitar o acesso em nível nas arquibancadas. 

O estádio, no entanto, conta com caixas de escadas, elevadores de acesso às áreas vips e à imprensa, e elevadores de carga para abastecer as lanchonetes, acessando os dez andares mencionados. Esses blocos de circulação são espalhados pelo estádio todo e acabam por facilitar as visitas guiadas no pós-copa e garantir a acessibilidade de grávidas, cadeirantes, idosos e outros com dificuldade de mobilidade, para observação do estádio como um todo.

Já para assistir aos jogos, a acessibilidade é mais limitada por questões de segurança, em termos de regulamentações de bombeiros e tempo de evacuação. 

O estádio conta com vagas internasde estacionamento para cadeirantes e também próximo ao vestiário, o que não promove cuidados especiais para visitantes e funcionários do estádio - não só com o público em geral das arquibancadas.

A distribuição dos assentos especiais estão ao longo das laterais do campo, no topo do anel inferior, com o acesso em nível pela praça norte. Também há assentos nos camarotes e áreas vips. No entanto, como sempre os portadores de necessidades especiais criticam, não há vários assentos comuns juntos às vagas para cadeirantes. Desta forma, o cadeirante fica limitado a ir acompanhado de somente uma pessoa, o que restringe amigos e famílias a eventos normais de lazer. 


O detalhe para as vagas de cadeirante (abaixo) segue as normas da NBR 9050 de acessibilidade, no entanto, considerando a realidade dos estádios da copa e, principalmente à cultura do brasileiro de ver a jogos de futebol em pé, o torcedor dos assentos comuns poderão obstruir a visão do cadeirante - solução mais interessante foi elaborada para o estádio Mané Garrincha. Embora em pé possa não ter obstrução, é muito comum, apesar de não ser correto, ver o público assistindo de pé, em cima da cadeira. Nesse momento, o cadeirante não terá condições de ver os jogos com qualidade. 

Clique para ampliar

Ressalto, também, que a nova NBR 9050 deve sair amanhã (sexta, 29 de junho), revisada, depois de muitos anos e com sessão exclusiva de normas para estádios. Uma grande vitória embora essa regulamentação já venha tarde demais para os estádios da Copa do Mundo 2014.

Há uma esplanada, com vista para o dique do tororó que poderá servir como mirante e onde todos poderão acessar, fomentanto o turismo e garantindo renda ao estádio.


Leia mais sobre o que já foi postado sobre as discussões no Copa for All:

Acessibilidade para a Copa 2014 em pauta

Insolação do gramado

Muitas vezes mencionei em análises de estádios aqui no blog o fato da cobertura ter um trabalho de transparência para melhor insolação. Hoje vou dar mais alguns detalhes de com isso é feito.

A melhor situação para a sobrevivência do gramado e com uma qualidade igual pelo campo todo, sem falhas, se deve geralmente à quantidade de luz solar que a grama recebe. No entanto, com a maioria dos estádios sendo semi ou totalmente cobertos, passou a ser um grande problema garantir essa qualidade do campo, principalmente com o tipo de cobertura do estádios ingleses, que avançam até o fim das arquibancadas, beirando o campo, e restringindo o acesso da luz natural durante boa parte do dia. 

O que deve ser feito, portanto, é estudar a localização, o percurso do sol ao longo do dia e dos dias (ao longo do ano), para fazer um desenho com películas mais transparentes, que permitam a passagem da luz solar e a possibilidade de fotossíntese e não procriação de pragas no gramado.

O sol nasce próximo ao leste e se põe próximo ao oeste¹ e seu percurso é levemente inclinado ao norte. 
Os países ao norte do equador, devem prever uma transparência mais ao sul, enquanto os países do hemisfério sul devem prever mais ao norte. Dentre o leste e oeste, para ambos, é mais interessante prever a abertura para o Oeste, para pegar o sol mais intenso do período da tarde. Portanto, Noroeste para o hemisfério sul e sudoeste para o hemisfério norte.


O estádio Allianz Arena tem essa transparência sua cobertura bem nítida, feita com ETFE, material de excelente qualidade. Podemos ver que sua abertura é mais para sudoeste, como previsto acima. Há uma parte para leste, assim o sol da manhã também atinge certas partes do campo.


O estudo da insolação, por sua vez, pode ser feito por meio de programas de computação e em protótipos em laboratório de conforto ambiental (geralmente também tem nas universidades), onde pode ser colocada uma maquete, iluminação artificial e uma carta solar que pode orientar dia e hora em qualquer parte do ano. Com as iluminações obtidas podem ser feitas as anotações de iluminação no campo.

Carta Solar


Para a Copa 2014², o Hype Studio, escritório responsável pelo projeto do Beira-Rio fez o estudo da iluminação no campo antes e depois da cobertura que já está em andamento. Veja abaixo os gráficos (clique para ampliar):





Um dos estádios que mais sofreu com este problema é o estádio de Wembley que perdeu muito dinheiro nas recorrentes trocas de gramado e críticas de jogadores. Para reverter o problema é necessária um tipo de iluminação artificial específico e nas fotos abaixo podemos ver o estádio de Wembley e do Real Madrid com esse tipo de iluminação:



Leia mais sobre a iluminação artificial, os alertas para a Copa e a opinião de Artur Melo, engenheiro agrônomo, que já deu colaboração aqui para o blog:



¹ Equinócio: Somente dois dias do ano, em março e em setembro, onde o sol nasce exatamente no leste e se põe exatamente no oeste. É também o momento em que o dia e a noite tem exatamente o mesmo tempo.
² Para a Copa 2014, a maioria dos estádios irão propor transparência na cobertura.

21.6.12

Jan Gehls e o ponto de vista da escala humana

Assisti ontem a palestra do arquiteto dinamarquês, Jan Gehls, chamada "Cidades para pessoas". Uma palestra excelente e que pretende mostrar como olhar o urbanismo de um ponto de vista diferente do comum, dá mais vida, mais qualidade e diminui o caos do transporte sem pressão radical sob a população, ela se adequa ao que tem.

A idéia não deixa de ser uma espécie de urbanismo lento (pág 5 para quem clicar no link), ou de slow food. Ambos prezam a qualidade de vida menos acelerada, menos dependente de fast foods, carros velozes e dias corridos.

Segundo Gehls, há muito tempo os planejadores viários tem sido bons em trabalhar com o lema 'fazer os carros felizes' e perderam o senso de boas cidades para as pessoas.Gehls acredita que com o esgotamento das fontes de petróleo no mundo estamos prestes a mudar nossos paradigmas e que, em breve, deveremos todos mudar para outro tipo de transporte. Por este motivo devemos acreditar em um urbanismo feito para ser observado e frequentado na velocidade do pedestre e do ciclista, algo em torno de 5km/h.

Jan Gehl tem projetos implantados em diversas capitais com tráfego tão ruim ou pior ao de São Paulo e todas com bons resultados, crescimento da saúde, do número de ciclistas, de pedestres e com diminuição do uso do carro para uso diário (trabalho).

Forma de transporte ao trabalho em Conpenhagen, hoje:

37% bicicletas
27% carros
33% transporte público
5% pedestres

Conpenhagem também registra uma diminuição no número de estacionamento de 2 a 3% por ano.

Sobre a capital brasileira, que será também sede da copa, o arquiteto mencionou que é linda do céu, da vista aérea de avião ou helicóptero, mas que o pedestre foi esquecido no momento em que Lúcio Costa e Niemeyer pensaram Brasília. E, realmente, é uma cidade onde  tudo é distante, onde não há uma vida diária em todos os espaços.




Na Dinamarca, um velho bairro que eles chamam de 'potato rows' (fileiras de batatas - como nas plantações) são horríveis na vista aérea, mas lindos e de melhor qualidade na cidade do ponto de vista do usuário (eyelevel) tendo frequentação diária, participação, movimento, companhia, lazer, interação, etc. Com pessoas se exercitando mais do que o normal hoje em dia. 

 Acima, vistas aéreas do bairro dinamarquês.
Acima e abaixo, equipamentos que dão vida junto ao paisagismo ao bairro que de cima, parece feito e nada interessante.


Jan  Gehls defende que as ciclovias devam ser usadas todos os dias, não só aos domingos  - como se faz em São Paulo -, para isso, a cidade deve ser convidativa. Uma cidade que substitui 1 faixa de carro por mais uma de ciclovia, aumenta 5 vezes mais bicicletas do que se fosse feito com carros. A iniciativa deve ser trabalhada junto a oiutras idéias, como o pedágio urbano, que restringe o uso do centro ou de outras regiões interessantes na cidade a partir do momento em que toca no bolso do cidadão - e ele se acostuma com isso e acha outras alternativas, mais saudáveis e menos caóticas. Da noite para o dia, é passível de mudança.

Brasil e a Copa

No caso do Brasil, vemos a política e governo direcionando o urbanismo para outro caminho como, por exemplo, na recente construção de novas faixas na marginal, que já estão saturadas - bilhões de reais jogados fora - um shopping também na marginal que inaugura amanhã sem ter concluído o acesso à ciclovia, e também na construção de túneis, como o da água espraiada (Roberto Marinho), também de uso exclusivo de automóveis. Enquanto isso, pouco se faz no sentido contrário. Em 3 anos, uma iniciativa privada incentiva o uso da bicicleta, com 3000 bikes para aluguel ao final desse prazo. É uma quantidade ridícula visto o que o governo faz contra. 

Uma iniciativa para suavizar o caos também pode ser trabalhar a diminuição da demanda por transporte. Isso significa, promover mais empregos, lazer, cultura, escolas em vários bairros, para que muita gente não tenha a necessidade de procurar isso em outros bairros. Ficaria mais fácil aí, garantir o direito de ir e vir. 

No entanto, a Copa do Mundo está chegando e pouca coisa está sendo feito segundo as idéias do arquiteto. Cabe a cada um de nós, cobrar iniciativas mais corretas, criticar, entrar em contato, registrar, participar de alguma forma, por qualquer canal público dando sugestões ou fazendo críticas, de preferência, antes que tudo seja feito, enquanto ainda saem as notícias. Por isso é interessante que população se mantenha atenta às noticias.

E se, em São Paulo, tirassem uma faixa da Radial Leste para ciclofaixa, todos os dias da semana? Parece difícil de aceitar vendo o trânsito, mas é a forma mais plausível e mais fácil de fazer as pessoas abrirem mãos de seus carros. O governo ainda libera o IPI, com puro interesse político em vender, manter o mercado, sem pensar nos problemas urbanos que vem com as más idéias de desespero.

Quantas vias, túneis e pontes estão fazendo para a copa nas diversas cidades-sede?  Inclusive passando por direitos humanos, desalojando famílias. Não só não enxergam o pedestre, como ainda o destroem.

Agenda:

"Um novo modelo de cidade: prosperidade, equidade e sustentabilidade"

Para dia 25, às 16h, na r. boa vista, 170 - SP, haverá um outro seminário que tratará de urbanismo, mas desta vez com Joan Clos, ex-prefeito de Barcelona, e com debate de Carlos Leite (meu ex-professor) e autor do livro cidades sustentáveis, cidades inteligentes.
Inscrição www.aulasaopaulo.sp.gov.br
transmissão simultânea pelo site.


18.6.12

Acessibilidade para a Copa - Guardiões das calçadas

Como prometi, aos poucos elaborarei resumos e textos sobre os debates realizados no evento Copa for All, realizado nesta última semana. 

Hoje falarei dos Guardiões das calçadas, responsáveis por tornar a Av. Paulista a mais acessível da América Latina com grande empenho e esclarecendo quem não tem deficiência de locomoção alguma de problemas que não são percebidos por estes.

Quando se fala em acessibilidade para a Copa, ela não se resume à livre circulação dentro dos estádios onde acontecerão os jogos, mas também ao acesso a estes equipamentos, no turismo, no comércio, hotéis, etc. E o primeiro momento em que essas pessoas se deparam com problemas é no acesso a qualquer meio de transporte. Saindo do avião até um ponto de ônibus, até conseguir um táxi, até uma estação de metrô ou trem. De qualquer forma, as calçadas são as principais barreiras. 

Repletas de buracos, ausência de rampas, pisos táteis para sinalizar obstáculos, ambulantes, vasos e mesas de bares são barreiras graves e de risco para pessoas com deficiência de mobilidade e isso não inclui somente cadeirantes, como geralmente é pensado, mas idosos, obesos, cegos, surdos, pessoas feridas, com deficiência parcial de visão ou audição, entre outros. 

O papel dos guardiões das calçadas é averiguar, conscientizar e lutar por melhorias em calçadas. Eles, na Av. paulista, contaram com uma cadeirante que fazia o percurso da avenida de ponta a ponta a cada 15 dias para salientar e registrar os problemas. Um deficiente visual também está no grupo mostrando o que a cadeirante também não percebe sob as suas próprias dificuldades.

São mínimos buracos que perturbam a locomoção até mesmo para mulheres de salto, que, em tese, não tem deficiência de circular pela cidade. Mas nossas cidades são cheias de absurdos, rampas em um lado só das calçadas, rampas fora da faixa, pisos táteis que levam a lugar algum ou a não sinalização obstáculos como orelhões, ausência de cores que deixem nítidos os caminhos para quem tem limitação parcial da visão, ausência de semáforos sonoros. Calçada também não é só o piso.

É nítido que para a Copa não conseguiremos resolver tantos problemas, mas podemos, sim, focar em alguns locais e inspirar o início desse processo de adequação e acessibilidade digna a todos seja em São Paulo, onde o cidadão pode fotografar e enviar para os guardiões mencionando o local para que eles averiguem o caso e também reclamando no 156. Segundo os guardiões das calçadas, com o alto número de reclamações, a prefeitura autuou o bairro de pinheiros para que bares não colocassem mesas nas calçadas, ou seja, mesmo que, de cara, o problema não seja resolvido, é importante reclamar, como forma de registro.

Funciona como um B.O. de roubo de celular, que muita gente não faz. Reclamando sabe-se os pontos críticos para que a atuação seja mais eficiente. Ou seja, no caso de São Paulo, ligar no 156 e ter paciência para reclamar. A ligação é gratuita e necessária. Dá para fazer a sua parte, reclamando de apenas um único ponto que você use e veja a dificuldade. Eu mesma, fotografarei nesta terça-feira a rua Dona Veridiana que liga a Sta Casa de São Paulo/hospital Sta Isabel, o Mackenzie e o Metrô. Em todo o percurso estão presentes: mulheres de salto, cadeirantes, usuários de muleta, perna quebrada, etc., mas uma série de obstáculos e ambulantes restringem muito a área útil das calçadas.

No site da Mara Gabrilli, ex-vereadora de São Paulo, podemos ter acesso a uma cartilha da calçada acessível, com sugestões de acessibilidade, cada um pode fazer um pouco. É responsabilidade pública, mas também do morador manter em condições boas suas calçadas. Então é interessante que em caso de reforma, considerem e divulguem para suas prefeituras  e para seus arquitetos esta cartilha muito útil e nada utópica. 

sugestão guardiões das calçadas e mara gabrilli

Para acessar a cartilha basta clicar aqui.

A calçada foi o primeiro assunto que resolvi passar aqui para vocês, mas há aeroportos, estádios, sanitários entre outros assuntos a serem abordados. 

Quem tiver um contato com vereador que se canditará em breve, mencione o site da Mara Gabrilli, envie a cartilha por email. Quem sabe teremos mais alguém, com poder de conseguir investimentos, em tornar nossos espaços mais acessíveis?

Envie também às suas prefeituras, independente da cidade ou estado, é a sua parte, não custa nada, não toma quase nada de tempo. Divulgue a iniciativa, cobre, denuncie os problemas, mesmo que ainda não veja resultados.

É coisa desse gênero que não devemos tolerar:




E dessas que devemos usar para lutar para ter em espaços públicos e nos inspirar:

14.6.12

Acessibilidade para a Copa 2014 em pauta

Evento que divulguei há uns dias, o 'Copa for All' ocorreu essa semana e colocou em pauta o assunto da acessibilidade para a Copa do Mundo 2014. Foram apresentadas as propostas do estádio Fonte Nova, Mané Garrincha e Beira-Rio, os trabalhos da Infraero, de direitos de portadores de deficiência e também dos Guardiões da Calçada - grupo que, com muita dedicação e trabalho, ajudou a tornar a Av. Paulista na avenida mais acessível da América Latina.

Estive presente no primeiro dia do evento, conferindo as palestras acima e estou aguardando algumas respostas de alguns dos palestrantes para elaborar posts sobre estes assuntos citados acima.

Para quem quiser ver já alguns detalhes dos projetos e ler o que foi apresentado, neste link, o portal da Copa disponibilizou o material das apresentações para visualização e download.

Quem quiser conferir também, o Portal da Copa aboradará aos poucos sobre as questões que já foram mencionadas e já colocaram um artigo sobre o evento

Formas metálicas para a sustentabilidade de Manaus


Há pouco tempo postei aqui sobre o sistema de formas deslizantes para fazer arquibancadas e até mostrei em um outro post um estádio que usou esta técnica: o estádio nacional de varsóvia, estádio onde está sendo realizada a EURO UEFA 2012.

No Brasil, a técnica para arquibancadas mais rápidas de serem montadas e com maior sustentabilidade se dá através de formas metálicas, como as abaixo. O uso deste tipo de forma, que está sendo usado na Arena Amazônia (Manaus), evita com que haja um uso e desperdício de madeira, já que os degraus variam de tamanho a cada 5 unidades e isso exigiria que as formas fossem reguladas frequentemente, indo contra a sustentabilidade da construção e contra a obtenção do selo LEED (Leadership in Energy and Enviroment Design). 





Para maior agilidade, mais de uma forma deve ser utilizada, o que, em Março, Manaus já estava preparando - mais sete formas. 

Abaixo, alguns dados da quantidade de degraus e vigas das arquibancadas:

A obra em detalhes

Degraus de arquibancada: 
total de 2.476 

Vigas Inclinadas: 

total de 314 


Vigas 'jacarés' da Arena Amazônia, Manaus - anel inferior

Fonte:


6.6.12

Graffiti em Recife

Amanhã sai a coluna na Universidade do Futebol sobre a arena de Recife - que não é de Recife, na verdade. E, complementando o que sai amanhã, mostro uma iniciativa legal, que começou em Abril, dando um incentivo à cultura e à arte em espaço público.

A iniciativa foi por parte da Secretaria Extraordinária da Copa-PE e o muro do antigo aeroporto de Guararapes foi grafitado por cerca de 60-70 artistas locais. Os desenhos permanecerão lá até o fim da Copa 2014.

"É um lugar muito visado, que tem uma localizção bastante estratégica para nós que queremos fazer com que o grafite dialogue com a cidade. Além de ser uma passagem obrigatória para quem vai para o Litoral Sul, o turista que sai do aeroporto tem logo a oportunidade de ver a nossa arte.Temos que valorizar o grafite como uma das mais importantes manifestações da arte contemporânea. Aqui em Pernambuco há muitos talentos e por que não aproveitá-los?" 
Galo de Souza - 


Há uma boa discussão sobre a arte do grafitti feito com liberdade em espaços públicos, com indicação de temas e locais e até mesmo os de galeria. No entanto, são públicos diferentes e mensagens diferentes expostos com o mesmo tipo de técnica e com traços peculiares de seus artistas.

A iniciativa vale para mostrar que a Copa é usada como impulsionador de novos projetos em inúmeros setores, como este da cultura da arte de rua. 


Abaixo, algumas fotos da grafitagem do muro com personagens como ronaldinho gaúcho e neymar, com símbolos da copa (taça, logotipo que seria até mais bonito que o original) jogadores coma  bola e temas da cultura local.














*Lembrando que graffiti é completamente diferente de pixação.
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