Cada Copa do Mundo tem um lema: na de 2006, da Alemanha, era o seguinte: "Tempo de fazer amigos". Além da Copa, o Pan também tem temas e, no Rio, foi o "Viva essa energia". Uma Copa "Verde" é a tendência do tema da Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
Pelo momento em que vivemos, de aquecimento global e de construções irresponsáveis, sem contar na falta de investimentos efetivos, a Copa pode ser de grande auxílio na conscientização e no desenvolvimento sustentável em dois sentidos: construçãoes ecologicamente corretas e racionalizadas e na sua auto-sustentabilidade - promover seus próprios sustentos (em energia, água, reciclagem, etc), enfim... que se mantenha. Além disso, pode acelerar e recuperar tempo perdido no cronograma da agenda nacional de preservação (que só deu marcha-ré durante o governo Lula, conforme denúncia do site do Greenpeace). Principalmente na região Norte, a questão do desmatamento da Amazônia e da grilagem de terras.
A Copa pode incentivar também o turismo consciente e ecológico, ampliando o turismo no país, melhorando a imagem brasileira ao exterior, e buscando investimentos. O Brasil tem uma imagem relativamente ecológica por conta do etanol, no entanto um dos nossos maiores problemas continua sendo o desmatamento. É a chance que temos de reverter esse problema.
Uma grande referência que podemos ter para fazer igual e ainda complementar são as Olimpíadas de Sidney, na Austrália, em 2000. Todos os gastos nas construções e para a realização do eventos foram estudados para serem ecologicamente corretos. Além disso, havia uma preparação de reciclagem de materiais consumidos no evento, uma escolha de materiais que poderiam ser utilizados por patrocinadores e realizadores. Enfim, foi uma boa campanha.
No Brasil existe já um estádio, em Curitiba, pequeno mas que visa à sustentabilidade: o Janguito malucelli. Tem uma imagem mais artesanal. No entanto, não deixa de ser interessante e estimulante. Vale como referência. Já escrevi um artigo sobre ele e sobre um estádio em Kent, no Reino Unido, que tem o mesmo intuito. Quem quiser dar uma olhada no artigo, publicado pela Universidade do Futebol, fiquem à vontade para comentar.
Isso é muito importante! Turismo ecológico é a melhor maneira de preservar a natureza. O problema que vejo nisso é que arquitetura sustentável acaba caindo em dois extremos: ou você faz uma casinha de sapê vagabunda e baratinha, ou um mega prédio com alta tecnologia super mega hiper blaster cara. Mas já que vamos ter dinheiro, eu voto na segunda opção. Tem que começar em algum momento...
ResponderExcluirÉ, eu acho que a Copa atrai tanto investimentos externos, faz parcerias com grandes empresas e consegue baratear ao menos para a construção dos estádios, aí com a consciência, o uso aumenta, e, conforme aumenta, o custo da produção fica mais barato e viabiliza a queba do preço para a população em geral. A Copa pode ser usada a nosso favor também nesse sentido.
ResponderExcluirE os gramados? Todo mundo comenta a Copa sobre a ótica das cidades sede, dos Estádios, das especificações da Fifa.
ResponderExcluirEsqueceram dos gramados, insumo básico para o grande negócio do Futebol!
artur.melo@gamadosesportivos.eng.br
Realmente, Artur. É um tema poucas vezes trabalhado e estudado. Mencionei sobre a má qualidade dos gramados no post "Futebol sofrerá durante reformas dos estádios para a Copa" e sob o ponto de vista tecnológico de gramas artificiais na Universidade do Futebol (http://www.universidadedofutebol.com.br/Universidade09/2009/01/1,1885,O+ESPETACULO+DO+FUTEBOL+E+O+AVANCO+DA+TECNOLOGIA.aspx?p=4)
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