Livraria Cultura

2.5.12

Estrutura de base para um país olímpico

Bato muito na tecla de que o Brasil está aproveitando mal os eventos esportivos que o país sediará - tanto Olimpíadas como Copa do Mundo.

Sempre próximo aos eventos, o país quer um resultado melhor, embora não invista nem nos atletas, nem em equipamentos, sempre dando valor às poucas e sortudas modalidades como futebol, natação e quiçá um volley, volley de praia, ginástica ou atletismo. Isso só porque temos destaques com atletas que surpreendentemente tiveram resultados basicamente conquistados através de seu talento e esforço árduo, pouco por causa do apoio do governo.

Esse é o momento para angariar verba para equipamentos de modalidades que possam virar potencial para um Brasil olímpico no futuro, ou que possa, inicialmente, colaborar com uma melhora e buscar uma melhora simbólica em medalhas nos Jogos Olímpicos de 2016. Porém, o quanto vemos de equipamentos bons e públicos para que tenhamos revelações e treinamentos de ponta para os atletas? Nada. E quanto ouvimos atletas sem patrocínio, sem lugar, sem salários e sem equipamentos decentes para treinar e se sustentar? Aos montes. É por este motivo que fiz este post, para mostrar equipamentos de qualidade pelo mundo, que poderiam ser feitos até com patrocínio privado, mas iniciativa pública. Não precisa ser um projeto 'estratosférico' nem 'megalomaníaco', mas algo específico para as modalidades, como treinamento de base, para democratização de modalidades esportivas ou para diminuir o custo de algumas delas, como tênis, esgrima, entre outras. E não vale só Rio de Janeiro. Se o Brasil é olímpico, o Brasil tem que ter equipamentos. Não vale considerar que todo interessado tenha que se mudar para o RJ - isso não é democratização do esporte, isso não facilita ter um contato inicial com uma modalidade. Para se achar talentos, tem que ter espaço e treinamento por todo lado, é por este motivo que o futebol tem tantos talentos, pois escolinha de futebol e campinho desenvolvem e divulgam talentos em qualquer parte do país, com custo baixíssimo.

Em breve, farei post de equipamentos de múltiplas modalidades (como a Arena Bilbao) ou de modalidades diferentes do futebol.

Podemos ver que nossos projetos para a Copa são somente estádios, poucos pensam em outras modalidades e estas deveriam ser preocupações governamentais, inclusive para manter o uso dos equipamentos após os eventos e, pelo 3º caso citado acima, dá para ver que dá, facilmente de promover mais esportes em um único equipamento, desde que um, não interfira na qualidade do outro - como estádios com pistas de atletismo, por exemplo, influenciando na visibilidade e proximidade do campo (principalmente atrás dos gols.

Lembro também que equipamentos deste tipo podem ser estimuladores de desenvolvimento urbano. Funciona da mesma forma como defendo a construção de alguns estádios da Copa. O equipamento leva o que deveria ser obrigação do governo para bairros geralmente esquecidos, também fomenta a circulação noturna, o que traz segurança ao bairro, leve interesses comerciais, o que traz mais investimento privado. São consequências da construção que vêm por meio indiretos.

Vamos então à equipamentos interessantes em termos urbanos, mas que são de futebol. Clicando no título delas, você será redirecionado à uma matéria do projeto no portal Arch Daily (em inglês, com o tempo se procurar, no Arch daily Brasil, poderão encontrar em português):





Fica uma excelente dica de leitura sobre o dinheiro 'investido' no esporte, por José Cruz:

"Verbas para o esporte: um desperdício olímpico"

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